segunda-feira, 31 de maio de 2010

Amigo de Infância

É muito difícil para mim falar de você,
mas a saudade que tenho de ti irá me guiar!
Sou seu amigo a mais tempo que posso me lembrar.
Foi todos esses anos meu melhor amigo, sempre!
E quanto a isso não é muito difícil saber o motivo...
Querido amigo, você sempre foi leal e companheiro
de todas as horas ruins ou boas sempre positivo!
Me apoiou sempre, mesmo quando eu estava errado!
Possui um catáter honroso inquestionável e declarado.
É simplesmente um gentleman, amigo e sempre alegre.
Uma daquelas pessoas queridas que sempre queremos perto!
Você tem mais qualidades que eu posso compreender!
Sempre que eu tento ser uma pessoa melhor do que sou
eu lembro de você meu caro e assim sei como devo ser.
Saudoso amigo, você é a melhor pessoa que eu conheço!

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Diário


“A emoção mais antiga e forte da humanidade é o medo”
H.P. Lovecraft

Inicialmente, como em todo diário, acredito, eu deveria começar por meu nome, mas antes devo avisá-lo que se você encontrou este caderno surrado por acidente feche-o agora! Pare de ler e volte à sua vidinha comum em que você não percebe nada rastejando pelas sombras. Há uma espécie de brumas que distorcem sua percepção impedindo que enxergue com clareza. Abrace isso com força e não tente fazer coisas que vão além de se voltar para casa em tempo de assistir à novela das oito. A alienação por muitas vezes é uma benção, assim mate todo e qualquer instinto investigativo que possa ter em sua personalidade. Você sabe o que a curiosidade fez ao gato...
Mesmo que não tenha sido um acidente, que abrir esse diário tenha sido de forma deliberada, mesmo que já tenha chegado à conclusão de que não estamos sós, eu insisto em adverti-lo, ainda sim, para não continuar, pois acabará chegando a um caminho sem volta. A partir daqui, mesmo que você queira, não irá mais conseguir viver no mundo com as outras pessoas, pois o véu que cobria seus olhos será retirado.
Mas desculpe minha falta de educação, devo me apresentar antes de mais nada, pois isso é um diário afinal de contas!
Meu nome é Luiz Eduardo de Oliveira Vaz e Monforte e sim, fui vítima de muitas chacotas quando era menor, mas meu nome evidencia minha descendência aristocrática mineira. Sou filho de grandes fazendeiros e antigos coronéis que comandavam a região do Sul de Minas Gerais há muito tempo e isso me rendeu passagem segura para viajar e fazer faculdade participando do Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo da Unicamp.
Era algo grande, mas eu simplesmente voltei para minha pequena Passos e seu jornal local chamado Folha da Manhã. Entretanto isso não é o mais peculiar em minha vida, pois adquiri, ao longo de minhas viagens pelo interior do Brasil, habilidades específicas de investigação que deixaria constrangido qualquer perito da Criminalística Forense. Fora meu treinamento com diversos tipos de armamentos, luta desarmada e sobrevivência. No entanto, não é em mim que você está interessado, mas nas coisas que eu não deveria ter visto, pois eu descobri coisas que ninguém deveria saber.
Sempre acreditei que quanto mais conhecimento eu obtivesse, melhor seria minha vida. Aprendi isso mesmo vivendo em uma cidade em que o pensamento conservador ainda a influencia muito, apesar do aparente progresso. Os mais velhos dizem que estudo é para quem quer virar vagabundo, mas essa mentalidade já havia abandonado as escolas. Assim meu pai custeou meus estudos e pude entrar em uma faculdade pública. No entanto, hoje eu questiono se realmente o que eu sei me fez viver melhor.
Volto a advertir que pare de ler esse diário agora! Não importa como ou o porquê você o encontrou, feche-o agora, ou melhor, ateie fogo neste velho caderno que era o que eu deveria ter feito. Faça isso e talvez, quem sabe, possa voltar à sua vida medíocre e assistir novamente aos programas de auditório no domingo à tarde sem ter a menor idéia do que o rodeia.
Escrevi este relato mais para não ficar louco do que apenas para produzir minha matéria e garantir meu Prêmio Esso de Jornalismo. Esse era meu sonho, mas isso era algo totalmente utópico, apenas devaneios da mente ingênua que eu tinha quando encontrei aquele maldito padre pela primeira vez na miserável cidadezinha de Fortaleza de Minas não muito longe de Passos. Mesmo porque eu não vou conseguir que nenhum jornal respeitável, talvez nem um tablóide, publique o que está escrito aqui. Se eu tentar provavelmente irei para um hospício e essa, devo confessar, não seria a primeira vez e provavelmente não será a última.
O que encontrará aqui vai desafiar sua razão e o que você acredita ser real. Já vi muitas pessoas enlouquecerem com esse conhecimento ao longo das minhas pesquisas e penso se eu mesmo ainda mantenho minha sanidade intacta.
Existe algo lá fora que é formado pelos medos mais íntimos das pessoas. Sua intuição está correta em ter medo da escuridão, esse é seu instinto mais primitivo e aprenda a respeitá-lo. Você sabia disso quando era menor e felizmente esqueceu-se disso quando cresceu e sua vida adulta o fez parar de acreditar no que chamavam de fantasia.
Desde o início dos tempos o homem sabe que não está sozinho e todas as culturas e religiões têm suas próprias lendas para revelar essa assustadora, mas inegável realidade. Entretanto você não encontrará a verdade aqui e digo que a busca por ela é algo impossível, pois o máximo que se consegue é vislumbrar o que realmente está em volta de nós. Indagações apenas trazem mais perguntas e a escuridão oculta somente mais sombras.
Você está certo em temer o que o acorda no meio da noite com calafrios, pois provavelmente o que fez os cães uivarem de modo tão sinistro é bem pior que sua mente limitada é capaz de imaginar e isso é justamente o que eu tenho combatido nesses longos anos, meu caro. Assim, embora você possa encontrar vários depoimentos, relatos e fotos, frutos de intensas e perigosas investigações, este não é um relato de um jornalista. Mas o diário de um caçador e, meu inconseqüente leitor, o que eu persigo está nos seus mais medonhos pesadelos...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cotidiano...


Era um homem comum em um dia normal de uma cidade qualquer. Não havia nada de especial nele como não há nesta história. Se estiver procurando algum conto fantástico de pessoas incríveis e originais procure outros escritos meus ou vá para outro blog. Este aqui é sobre pessoas do cotidiano...
Ele estava no fim de um dia como todos os outros e, como tal, estava cansado das aulas e do estudo diligente para uma prova.
Nada demais!
De repente ele se assusta com um telefonema. Foi atender e era sua amiga. Uma daquelas amigas próximas que todos nós temos. As que contam seus segredos e desilusões e nos permite fazer o mesmo. Uma companheira para os dias mais escuros e os dias mais felizes.
Aquele na verdade era um dia escuro. Ambos estavam passando por uma péssima situação financeira. Estudavam, mas não tinham emprego. A situação tinha apartado e os dois não tinham sequer dinheiro para jantar naquela noite.
Ela o convidou para ir a sua casa. Morava perto. Ele foi tranquilamente olhando as pessoas na rua, apreciando a noite e desesperadamente tentando tirar poesia das pessoas e lugares que passava pelo caminho. Não conseguiu. Tudo era irritantemente comum. Estava pessimista e isso era normal para alguém na situação dele. Tanto a fazer e tão pouco tempo...
Estava velho, a seu ver, para a faculdade. Não tinha emprego e estava duro. Pensava que já devia ter conquistado muito e nada tinha feito. Às vezes pelas circunstâncias da vida, às vezes por culpa dele mesmo. Estava ali, andando, e o destino tinha se revelado novamente para ele. Era um momento crítico e ele até sabia o que fazer, mas seria extremamente difícil e penoso. Faria, mas era incerto se conseguiria.
Chegou à casa da amiga que demorou um pouco para atender. Quando ela chegou ao portão ele pôde admirar, como sempre, a forma que a garota estava vestida. Uma blusinha verde listrada e calça jeans surradas, uma roupa simples. A amiga sempre estava bem-vestida, mas aquele dia deveria ser o mais comum de todos. Sua roupa era bonita, mas nada perto do que ele já tinha visto. Era um dia normal.
Entraram e conversaram um pouco. Descobriram que juntos não conseguiriam tirar nada para comer aquele dia. Dois desgraçados que não tinham nada!
No entanto, a garota teve uma idéia, na verdade uma lembrança veio à sua mente. Ela tinha um cartão que nunca havia usado. Era o cartão de uma loja, mas também funcionava como cartão de crédito. Não sabiam se funcionaria realmente, mas da forma que estava era a única alternativa.
Naquela hora da noite apenas as lanchonetes estavam abertas. Como não sabiam do futuro eles não queriam gastar muito. A solução veio como um lugar que servia hot-dog. Era grande e barato, assim se dirigiram ao local.
Não era muito perto de onde eles moravam, mas dava para ir tranquilamente a pé e mesmo porque eles não tinham outra opção. Foram passos rápidos e com pouca conversa, pois a fome estava apertando.
Chegaram ao lugar e encontraram, como de costume, uma grande fila e tiveram que esperar mais.
Dor no estômago!
Fizeram o pedido, mesmo a menina pediu o maior lanche, e ficaram esperando o cartão passar. Era aquela expectativa que apenas as pessoas que já passaram por aquilo sabiam. Será que tinha saldo? Funcionaria? Impressionante como os segundos ficam longos em determinadas situações.
Frio no estômago!
O cartão passou e a reação de alívio ficou tão evidente nos dois que até o homem que estava no caixa achou aquilo estranho.
Sentaram. Ela foi lavar as mãos e ele arrumou as cadeiras. Esperaram os lanches que pareciam que nunca chegariam.
Os hot-dogs chegaram. Sem cerimônias costumeiras ambos comeram os lanches. Normalmente já era complicado comer aquilo, pois era grande e acabava caindo um pouco se não tivesse cuidado, mas não se importaram.
Logo nas primeiras mordidas a menina tinha sujado todo o seu nariz de purê de batata. Ela sorriu envergonhada e aquilo foi engraçadíssimo!
Ele quis tirar uma foto dela, a amiga protestou, mas aceitou mesmo assim. A foto não saiu boa, mas mesmo assim ele não se importou. Aquela imagem dela ficaria na sua mente para o resto de seus dias. A amizade dela e o carinho ele levaria eternamente em seu coração.
A amiga estava feliz por aquele momento, não apenas por saciar a própria fome, mas também por ter ajudado o amigo. Alguém que sempre fora prestativo e tinha ajudado nos dias negros dela também. Queria muito ajudá-lo, pois era bem quisto. Mal ela sabia que aquela tinha sido a única refeição dele aquele dia...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ane.

Ariane Fernandes Machado.
Sagrada protetora que vem voando nos acalentar, nosso anjo!
Voe alto sobre os ramos de tulipas, delicada borboleta!
Inspirando a alma com o perfume de seus encantos.
Minha querida amiga, irmã senão de sangue, irmã de alma!

Os demônios do que foi podem até atormentá-la.
No entanto não deves acreditar nestas injúrias.
Pois foi longa e tortuosa estrada até chegares aqui.
Conquistaste mais coisas do que podes perceber.
Isto eles não podem roubar de ti.

Tens conquistado cada vez mais o mundo.
Nem todas as dores incrustadas de um poema não lido,
podem apagar a luz da essência de tua alma que sai pelos teus dedos.
Liberte de ti mesma redimida em um leito de jasmins.
Não estais condenada às teias de lamentações...

Componha em palavras o que se descompõe em lágrimas.
Permita-se viver não se perdendo em suas lembranças!
Escrevendo a ti mesma ao tentar desnudar-se do passado.
Pois sempre se sentirá em casa dentro do meu coração.
Quando a dor for pesada demais, um anjo de cabeceira ajudará a carregá-la.

Enfim venere apenas tuas alegrias e acene derradeiramente para as mágoas.
Ache a ti mesma e vai-te a fundo decifrando teus segredos.
Tire de dentro de ti o negror que alimenta tua tristeza.
Encare de forma diferente os cheiros, livros e músicas.
Continue a mulher madura de 21 e a menina ingênua de 12...

Feliz Aniversário minha querida amiga!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Cerejeira


O grande guerreiro estava sentado taciturno em frente à exuberante árvore de cerejeira. Era talvez o mais hábil dos samurais do Imperador. Um especialista na técnica de Iaijutsu, ou saque rápido com sabre. O mais mortal dos estilos de luta.
Ali, sentado sobre os joelhos, ele meditava sobre as palavras de seu mestre, que se encontrava logo atrás, imaginando se estava no caminho certo. O caminho da espada!
Tinha vencido muitos inimigos e eram tempos negros aqueles realmente, mas era conhecido como o melhor dos espadachins de seu tempo. Isso o fazia ser um homem orgulhoso e confiante, algo que vinha preocupando seu mestre.
Lentamente ele abriu os olhos e viu as flores alvas que delicadamente descansavam sobre os galhos finos, mas firmes, da Cerejeira. O vento soprava tão suavemente que ainda não tinha derrubado nenhuma daquelas lindas pétalas no chão.
O guerreiro ficou impaciente e resolveu golpear o tronco da árvore com o cabo de sua espada.
Surtiu efeito!
As flores começaram a cair pelo impacto do golpe e finalmente o homem se pôs de pé e golpeou novamente a fim de cortar as flores que caíam suavemente.
Mas as pétalas foram levadas pelo vento do norte e, como se fosse uma ação deliberada, desviaram do fio da lâmina do samurai.
Aquilo não estava certo! Ele estava errando em algo e, voltando a se sentar, contemporizou sobre sua falha. Logo percebeu que sua falta estava em golpear duas vezes, uma para fazer as flores caírem e outra para golpeá-las.
Sim! Muita energia era perdida no primeiro golpe. O espadachim deveria esperar pacientemente que o próprio vento derrubasse as pétalas. Devia deixar a natureza seguir seu curso.
O samurai fechou os olhos e pôde sentir o vento percorrer-lhe a face. Ouviu o sibilar do canto dos pássaros e o som das águas límpidas do rio próximo que não passava de um confortante sussurro. O guerreiro pôde sentir a natureza em sua volta expandindo seus sentidos. Sua alma tocou o espírito da Cerejeira e finalmente ele se tornou uno com o universo em sua volta.
Percebeu que tudo estava ligado. O bosque, a árvore e ele eram uma coisa só.
Assim pôde sentir claramente o vento norte soprar e ouviu o ruído das pétalas se desprendendo da Cerejeira tão nitidamente que quase podia vê-las.
O golpe foi desferido de forma perfeita. Mais rápido que os olhos de seu mestre, mas mesmo assim nenhuma das flores foi arrebatada no ar como pretendia o habilidoso samurai...
- Não está certo! – bradou o espadachim. – O que me pede é impossível!
- Por quê? – perguntou o mestre – Não seria mais obvio que você esteja em falta com seu treinamento?
- Sim! – respondeu o discípulo admirando a Cerejeira. – Mas a natureza é poderosa demais, não me envergonho de ter sido derrotado por uma força tão esplêndida!
- Então uma árvore derrotou o maior guerreiro de seu tempo?
- Claro, pois está na Cerejeira a alma de um samurai!
- Sim, de fato! – concluiu o ancião. – És apenas uma parte do todo. O maior dos homens do Imperador, mas ainda passível de ser derrotado! Ninguém é imbatível como seu ego imaginava. Diminua, reflita e aprenda!
Os dois, mestre e aluno, ficaram a contemplar as pétalas de Cerejeira que delicadamente caíam sobre o rio e tingiam as águas anis de uma tonalidade alva e pura como as nuvens que desafiavam o azul celestial...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lar é onde está o coração!

Estais distante da sua antiga morada...
Pode ser que demore a entender isso.
A saudade irá apertar e você irá querer voltar.
Entretanto ir e vir não fará muito bem.
Logo não se sentirá confortável,
nem na nova morada como na derradeira.
Então você não saberá mais onde mora.
Não terá mais lugar para ir.
Você não se sentirá em casa em lugar nenhum.
No entanto, tens ainda um refúgio!
Um lugar para aquecê-la.
Um lugar para descansar.
Um lugar para chamar de casa.
Sua casa será o meu coração!
Você mora para sempre em meu coração...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Luz e Sombra

No início vemos apenas estrelas no céu
Elas nos inspiram a fazer o certo,
Elas iluminam e nos preenchem de vida!

Logo vem a avassaladora tempestade
Escurecendo inexoravelmente toda a luz
É quando perdemos toda a esperança!

Mas surge o resplendor do dia
Para nos provar que nada está perdido
Vencendo a escuridão de uma vez por todas!

Amar Errado

É errado amar alguém?
Se você ama a pessoa e é correspondido é fácil responder a essa pergunta, mas e quando isso não acontece?
Lembro da música do Kid Abelha e realmente devemos agradecer quando a vida coloca em nosso caminho um amor correspondido, mas e quando isso não ocorre?
E quando o destino se zanga?
Brigas e desentendimentos podem acabar com um amor. Nossos pais podem nos expulsar de casa, nossos amigos podem não olhar mais para nós quando andamos na rua, o amor de nossas vidas pode estar com outro alguém qualquer...
No entanto, e se mesmo assim continuarmos amando?
Mesmo que não nos dêem esperança, mesmo que seja um amor imaginário em que acreditamos em apenas meias verdades, às vezes acontece de continuarmos amando aquela pessoa tão maravilhosa para nós.
O que fazer quando isso acontece?
Muitos podem simplesmente dizer se afaste, mas realmente conseguimos fazer isso?
Afastado ainda levo na lembrança aquela pessoa que me persegue para onde quer que eu vá, mas nada é pior que vê-la todos os dias...
Ter alguém que amamos bem perto e não poder declarar nosso sentimento. Não poder beijá-la. Não poder amá-la da forma mais sublime. Não poder ter esse carinho...
Vemos seus erros e não podemos fazer nada. Vemos suas desilusões amorosas e não podemos dizer que estamos ali, que será diferente conosco!
Não poder dizer eu te amo!
Seria errado gostar de alguém assim?
Seria errado tentar conquistá-la?
Seria errado continuar amando?
É errado amar?
Existe isso de amar errado?

domingo, 9 de maio de 2010

Acalento do Desespero

“Este homem que vos fala,
Não é somente um poeta cantor
E esta canção que vos embala,
Nunca deverá ser um desabafo de dor.

Uma exaltação que nunca se cala,
Nem diante do mais forte ardor
Mesmo a escuridão desta sala,
Ilumina-se ante o caloroso amor.”

Poema escrito em parceria com Ariane Fernandes

sábado, 8 de maio de 2010

Noite Tenebrosa

Adormecida na putrefação de sua própria existência
A noite tenebrosa abala tudo que perto dela ousa chegar
Quantos de nós pediram por clemência,
E aos nossos Deuses retornamos a chorar?

Quão furiosa ao se despertar
Com seu negror a nos consumir
Mas não nos deixemos amedrontar!
Um leal companheiro nunca tarda a reagir!

Sejamos tão corajosos quanto podemos ser,
Sigamos com fé que alcançaremos nossos ideais,
Mesmo que nas profundezas tenhamos que descer!
Heraldos declamam nossos feitos e nos tornaremos imortais!

Poema escrito em parceria com Ariane Fernandes

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Borboleta e o Urso

A borboleta encontrou o urso!
Viu que os animais fugiam dele,
mas algo estranho ocorreu...
Ela não ficou com medo,
pois viu o olhar amigo do urso!

Confiante a borboleta se aproximou!
Não via a maldade no urso,
mas havia certo receio...
Enfim a borboleta pousou no fucinho,
mas o urso nada fez!

Os dois ficaram em silêncio!
O urso estava totalmente perplexo,
pois nunca tinha visto uma borboleta tão corajosa...
A pequena ficou feliz,
já que percebera a admiração que provocava!

O urso subitamente se mexeu!
Tocou com cuidado a borboleta,
mas ele era muito bruto...
Segurou a pequena com suas garras sujas,
assim machucou a borboleta!

A Borboleta caiu no campo!
O Urso ficou triste,
pois apenas queria acariciá-la...
Entretanto a borboleta voltou a voar,
pois tinha aprendido a ser forte!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

... O Urso

Era uma vez um urso!
O animal mais forte da floresta,
mas ele vivia sendo caçado...
Tinha muitos talentos,
assim muitos queriam sua morte!

O urso tinha que lutar sempre!
Era muito corajoso,
mas também muito temido...
Não tinha amigos na floresta,
pois suas garras sempre tinham sangue!

A solidão o acompanhava!
Tinha um bom coração,
mas sua vida o tornara bruto...
Sempre bravo e ameaçador,
pois ninguém gostava dele!

Conhecia apenas os caçadores!
Seu urro era alto e poderoso,
mas era um grito de dor...
Não queria mais estar sozinho,
mas que animal se aproximaria dele?

A Borboleta...

Era uma vez uma pequena lagarta!
A lagarta vivia triste e desconsolada,
pois era feia e não tinha muita inteligência...
Ela era muito estabanada e desengonçada,
mesmo para uma lagarta!

Todos os animais da floresta riam da pobrezinha!
Diziam todos que não havia talentos na lagarta,
logo a pequena lagarta se isolava cada vez mais...
Não conseguia mais suportar as provocações,
assim a lagarta voltou-se para si mesma!

Em seu casulo a lagarta ficou!
Sozinha ela começou a refletir,
mas não mais triste a pequena ficava...
Finalmente ela percebeu que não era feia,
pois todos tinham inveja da lagarta!

Assim a lagarta virou uma borboleta!
Toda feliz ela saiu do casulo,
para enfim ganhar o mundo...
Os animais sentiam ainda mais inveja,
mas a borboleta voava por cima deles!

Agora a borboleta era dona de si!
Pairava pelo campo de tulipas,
ela não era a única beleza no mundo...
Suas asas eram fortes e firmes,
pois o céu era da borboleta agora!

Poema dos Seis Heróis

“A palavra será a redenção dos pecadores
Apenas o mais misericordioso a portará
O Mal rastejará novamente para as profundezas

O escudo será a proteção dos desamparados
Apenas o mais honrado o portará
O Mal rastejará novamente para as profundezas

A espada será a justiça dos oprimidos
Apenas o mais temerário a portará
O Mal rastejará novamente para as profundezas

O cajado será a lei dos desesperados
Apenas o mais prudente o portará
O Mal rastejará novamente para as profundezas

A flecha será o equilíbrio dos soberbos
Apenas o mais sábio a portará
O Mal rastejará novamente para as profundezas

O machado será a vingança dos esquecidos
Apenas o mais audacioso o portará
O Mal rastejará novamente para as profundezas”

domingo, 2 de maio de 2010

Quem quer viver para sempre?


“There's no time for us
There's no place for us
What is this thing that builds our dreams
And slips away from us?
Who wants to live forever?”
Queen

Meu nome é Raphael Albuquerque Gonçalo Dias de Castelo Branco e Oliveira. Nasci em 1557 na Cidade do Porto em minha amada Portugal. Tive minha primeira morte na Batalha de Alcácer-Quibir em 1578. Sim, minha primeira morte! São como nós chamamos o despertar para a imortalidade. Algo que muitos chamariam de bênção, pois imagine não morrer. Imagine atravessar os séculos e ver como tudo muda; as pessoas, os países e as idéias. Tenho quase quinhentos anos e isso não me traz alegria alguma, muito pelo contrário. Não! Isso não é uma bênção, mas uma maldição.
Eu tenho andado pelo mundo afora e isso tem me tornado cada vez mais triste, pois é o que acontece quando não mais se reconhece o mundo. Quando se é criado de uma forma e acaba descobrindo que apenas você pensa deste modo ainda. Quando se torna anacrônico e percebe que não há mais tempo para mudar, para se readaptar. Sua ética e até mesmo seus sentimentos não cabem mais neste mundo. Quando ninguém mais pensa como você!
Tive algumas mulheres, mas fui ficando mais frio à medida que elas envelheciam e eram ceifadas pelo tempo que nunca vinha me buscar. Enterrei muitos amores, sejam mulheres ou sejam amigos e agradeço ao meu Senhor que não tenha me dado filhos, pois não suportaria vê-los envelhecer.
No entanto, algo surpreendente acontece. Encontro uma mulher como eu, imortal, e sou levado a acreditar no amor. Que ela trará o resplendor do dia novamente afastando toda aquela avassaladora tempestade. Tenho esperança de novo, mas não por muito tempo. Quanto mais eu chego perto dela, mais me decepciono. Acho que ela pensa como eu, que tem os mesmos ideais, mas ela é como todas as outras e isso me traz os dias sombrios...
Não, a felicidade que vejo em todas as pessoas não é para mim. Sua débil, mas acolhedora ignorância os faz felizes, mas eu continuo a caminhar sozinho. Continuo no escuro e a esperança me abandonou totalmente.
Isso ocorre quando chego à conclusão que o mundo está errado. Que tudo está errado! Nada é como antes. Os valores se perderam e a moral foi totalmente deturpada nos dias de hoje. Sim! Esse pensamento me conforta por um tempo, isso faz com que eu consiga dormir nas noites frias...
Entretanto, logo percebo que não estou certo e a verdade me golpeia inexoravelmente. Ela não tem piedade em clarear minha mente. Quem está errado sou eu! Afinal não se pode estar certo e todos os outros errados, não?
Não é o mundo que está errado, mas sim eu é que não mais me encaixo nele e percebo hoje que eu nunca me encaixei. Uma exceção à regra, uma anomalia, uma abominação!
Então ao andar nas ruas vejo que tudo se torna onírico como se eu não passasse de um velho fantasma.
Eu não reconheço mais os rostos.
Eu não reconheço mais os lugares.
Eu não reconheço mais nada.
Não está tudo errado! Eu é que não pertenço mais ao mundo.
Eu estou sozinho! Sozinho em meio a uma multidão.

Conto ambientado no universo do filme Highlander.